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Ari Vatanen: "O PEUGEOT 205 T16 assenta-me que nem uma luva" 

Abril 2023
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Ari Vatanen, figura emblemática no rali, é inseparável do PEUGEOT 205 T16. Por ocasião do 40º aniversário do 205, fomos ao seu encontro. Para falar do nascimento da sua vocação como condutor e da sua forte ligação com o T16. 

 

Ari Vatanen nasceu a 27 de Abril de 1952 em Tuupovaara, no leste da Finlândia. "Vivi num lugar bastante isolado. Não tive a oportunidade de assistir a corridas de automóveis. Em 1964, quando tinha 12 anos de idade, um rali passou pela nossa aldeia pela primeira vez. Foi em meados de julho. Isto é muito importante. Foi na altura da noite leve na Finlândia. É absolutamente bela. A luz é incrivelmente suave, entre a noite e o dia. Cria uma atmosfera muito especial: é como se o tempo abrandasse e quase parasse.

 

Os primeiros carros eram esperados por volta das 2 da manhã. Toda a minha família foi para a cama por volta das 22 horas, como costume. Eu fui e sentei-me num dique e esperei pelos carros. Não queria perder o espetáculo. Quatro horas mais tarde, um carro apareceu finalmente na curva. Não dá para descrever a incrível visão diante de mim! Lembro-me de que era um carro branco, um Volvo: veio na minha direção, a descer, com a poeira por trás, naquela luz especial do verão finlandês... Lembro-me do som dos travões de tambor e da luz vermelha, lembro-me das pedras a rolar por baixo dos pneus. Estava, literalmente, sem fôlego. O meu corpo de 12 anos sentou-se naquele aterro e a minha mente foi com o carro. O resto da história já conhecem."

Para o finlandês, foi um acontecimento trágico que cimentou o desejo de se tornar piloto: um acidente rodoviário que envolveu o carro da família, no qual o seu pai perdeu a vida. "Disse depois que queria domar carros'". Subconscientemente, e desde esse momento, só tinha uma ideia na cabeça: domar o carro. Tornou-se numa necessidade. 
Para o finlandês, foi um acontecimento trágico que cimentou o desejo de se tornar piloto: um acidente rodoviário que envolveu o carro da família, no qual o seu pai perdeu a vida. "Disse depois que queria domar carros'". Subconscientemente, e desde esse momento, só tinha uma ideia na cabeça: domar o carro. Tornou-se numa necessidade.  
Outra memória, mais feliz, vem à sua mente quando menciona a marca Peugeot. "Na minha aldeia rural, havia alguns notáveis: os professores, o chefe da polícia, o guarda florestal, o médico e o farmacêutico, cuja farmácia pertencia à mesma família há décadas. O farmacêutico tinha um Peugeot 403. Lembro-me de que, na altura, ter um Peugeot estava um bocadinho fora de moda. Esta era a imagem que eu tinha de Peugeot enquanto criança e ainda estava ancorada na minha mente quando a aventura com Peugeot e o 205 T16 começou em 1983."
Sem o saber ainda, esta aventura com o Peugeot 205 T16 forjaria Ari Vatanen de um ponto de vista humano, abrindo-lhe os olhos.
 
 
"Acredito sinceramente que muito poucos pilotos tenham tido a oportunidade de viver uma aventura destas na vida, não só como pilotos, mas também como seres humanos. Sinto-me muito privilegiado por tê-la vivido e por estar aqui para contar a história."

Sem o saber ainda, esta aventura com o Peugeot 205 T16 forjaria Ari Vatanen de um ponto de vista humano, abrindo-lhe os olhos.

 

"Acredito sinceramente que muito poucos pilotos tenham tido a oportunidade de viver uma aventura destas na vida, não só como pilotos, mas também como seres humanos. Sinto-me muito privilegiado por tê-la vivido e por estar aqui para contar a história."

Quando encontrei Jean Todt para discutir o projeto com ele, comecei por lhe fazer uma pergunta: "Ouvi dizer que só usa componentes francesas e que só contrata franceses, é verdade?" respondeu ele: "Não Ari, nós usamos tudo o que nos leve à vitória". Esta primeira conversa tranquilizou-me muito. 

A ligação entre o condutor finlandês e a marca do Leão era óbvia:

 

"O PEUGEOT 205 T16 é um carro que me assenta como uma luva. Pode desviar-se com apenas um pequeno empurrão do volante, mas as rodas da frente sempre se mantiveram direitas. Podia fazê-lo derrapar a toda a hora. Que carro fantástico! Fiquei um verdadeiro fã do 205. Era realmente o meu carro e a minha equipa: era óbvio, como um ADN. Não poderia ter sido de outra forma. Senti-me em casa com esta equipa e com este carro. Penso que se me tivesse juntado a outra equipa e conduzido outro carro, ter-me-ia sentido como um mercenário. Consegue ver a diferença? É realmente essencial: o meu coração estava com a equipa Peugeot e com o 205. Continua a estar."

A ligação entre o condutor finlandês e a marca do Leão era óbvia:

 

"O PEUGEOT 205 T16 é um carro que me assenta como uma luva. Pode desviar-se com apenas um pequeno empurrão do volante, mas as rodas da frente sempre se mantiveram direitas. Podia fazê-lo derrapar a toda a hora. Que carro fantástico! Fiquei um verdadeiro fã do 205. Era realmente o meu carro e a minha equipa: era óbvio, como um ADN. Não poderia ter sido de outra forma. Senti-me em casa com esta equipa e com este carro. Penso que se me tivesse juntado a outra equipa e conduzido outro carro, ter-me-ia sentido como um mercenário. Consegue ver a diferença? É realmente essencial: o meu coração estava com a equipa Peugeot e com o 205. Continua a estar."

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